sexta-feira, 5 de junho de 2009

Conto Infantil




Sentiu dentro de si
Um monstro penetrante
Taparam-lhe a boca,
Calando o grito irritante
Rasgaram-lhe a alma
Com um ato sufocante

E lhe dizem que o importante
É ter vida pra viver
E que tudo se ajeita
Que não sabe o que é sofrer
O que resta em sua chama
É o desejo de morrer


Não quer ver anoitecer
Só se vê amedrontada
Fraca, não se defende
Só se lembra amarrada
Da memória torturante
Por um homem lambuzada


Não consegue entender nada
Sua mente em confusão
Sentimentos conturbados
É pior que assombração
Quem ainda espera o príncipe
Vira o foco do tesão


É tão triste ao gritar não
Ter um tapa que assassina
E ainda sentir culpa
Será essa minha sina?
Tratada como cadela
Sendo assim tão pequenina


A vida nos ensina
Mas parece esar mentindo
Diz-nos que o ideal
É seguir sempre sorrindo
É como tapar os olhos
E seguir sempre fingindo


Mãos forte vão te ferindo
Enquanto tenta compreender
Não sabe ser sedutora
Mas o vê enrijecer
Ele cheio de desejo
A menina, seu prazer


Sem deixar esmoecer
Vou manter a esperança
Sempre sonho em um dia
Confiar na Confiança
Que mantenha-se inocente
A Inocência da Criança!




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